No braço dos personagens, vemos lá os segundos passarem em um relógio verde brilhante. O tempo é moeda de troca nas relações de trabalho. É dinheiro para sustento da família, já que se compra produtos e serviços com ele.
Nesse filme de realidade distópica. Quando os personagens chegam aos 25 anos, o relógio desperta. É com esse tempo que eles vão usufruir a vida. Portanto, esse tempo é a moeda deles. Se gastar demais e zerar, é morte súbita na certa onde estiver.
Nos primeiros 30 minutos de filme. O diretor Andrew Niccol, nos apresenta um homem velho e rico. Ele tem a aparência jovem, mas está cansado de viver. Está embriagado em um bar de periferia. Ostenta no braço, sua imortalidade com mais de cem anos em tempo. É nesse bar que ele encontra um homem jovem, pobre e cheio de vontade de viver (é o protagonista).
Um grupo de bandidos tenta lhe roubar, mas é ajudado pelo protagonista. O homem velho e rico se sensibiliza com a honestidade e coragem do rapaz. Decide retribuir o favor e lhe conta a verdade sobre a sociedade em que estão inseridos.
A revelação é bombástica. Ele denuncia que o conjunto de riquezas da sociedade é suficiente muitos níveis acima, para que todos cidadãos vivessem com qualidade e longevidade. - Muitos não precisam morrer, para que poucos sejam imortais!
Ele se refere ao fato dos pobres, terem apenas 25 anos disponíveis para viverem. Os ricos aumentam os preços dos produtos. Ao mesmo tempo que pagam cada vez menos pelos serviços dos trabalhadores com pouca educação. Esse método serve para fazerem controle de natalidade. Pois, essas mudanças matam os pobres.
Ao término dessa conversa. Ele transfere seus mais de cem anos de vida ao jovem e morre com o relógio do braço zerado.
O protagonista cruza o fuso que divide ricos e pobres. Experimenta o luxo, se apaixona por uma moça rica e ganha mais dinheiro com apostas. A polícia chega no meio de um jogo de apostas. Tira toda riqueza que ele conquistou e passa a acusá-lo de roubo seguido de assassinato (do homem que lhe deu o tempo).
Nesse meio tempo sua mãe morre. Como ele é filho único, perdeu o pai ainda bem jovem. Está descobrindo quem é, e amadurecendo suas convicções. Sua jornada é sobre construir seu lugar no mundo.
Mas como fazer tudo isso, com pouco tempo?
Me conta. O que você faria no lugar dele? Aguardo no fórum.
Por Vanderson Feitosa
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